quarta-feira, 2 de junho de 2010

Proposta de análise do poema de António Nobre " Meus dias de rapaz "

Meus dias de rapaz, de adolescente,
Abrem a boca a bocejar sombrios:
Deslizam vagarosos, como os rios,
Sucedem-se uns aos outros, igualmente.

Nunca desperto de manhã, contente;
Pálido sempre com os lábios frios,
Oro, desfiando meus rosários pios…
Fora melhor dormir, eternamente…

Mas não ter eu aspirações vivazes,
E, não ter, como têm os mais rapazes,
Olhos boiando em sol, lábio vermelho!

Quero viver, eu sinto-o, mas não posso:
E não sei, sendo assim enquanto moço,
O que serei, então, depois de velho
António Nobre


1. Redige um texto, com um mínimo de 70 e um máximo de 100 palavras, em que exponhas uma leitura do poema.
O teu texto deve incluir:
• Uma parte inicial, em que indiques o título do poema e o nome do seu autor e na qual caracterizes com uma só palavra “os dias de rapaz” do sujeito poético.
• Uma parte de desenvolvimento, em que refiras qual o estado de espírito do “eu” lírico, qual o sentido do último verso da segunda estrofe e a figura de estilo aí presente.
• Uma parte final em que identifiques o desejo que assalta o “eu” poético na última estrofe e qual a sua atitude perante o futuro.

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